domingo, 5 de abril de 2009

Fotos de Shows - Parte 2

Antes de continuar o post, sobre as fotos de show, já começo fazendo uma correção sobre o último post. Nele eu falei que o último show com a nikon d70s foi o do garage fuzz, quando na verdade (graças a minha "maravilhosa" organização baseadas no sistema "nova pasta _xx") eu não reparei que o verdadeiro último show com a d70s foi o show do bane. Nesse show, a coitada já estava sofrendo muito, já que mal conseguia fazer foco, granulava as fotos no iso 400, demorava mais de 4 seg pra carregar o flash, e era preciso usar praticamente a mão inteira pra apertar o botão de disparo e ele funcionar... mesmo assim, foi um show inesquecível, afinal, era um show que até ser realizado, quase todas as pessoas que ficavam sabendo desse show em curitiba, riam e diziam que curitiba não tinha público pra esse show.... no entanto o que se viu foi casa cheia, ingressos esgotados, velhas e novas pessoas gritando as mesmas músicas e cantando como fazia tempo que não se via um show em curitiba, e claro, com tudo isso, acabaram aparecendo boas fotos :



Depois desse show do Bane, fui fazer umas fotos com um amigo no centro de curitiba, e ai aconteceu a tragédia da morte da d70s, como comentei no fim do post passado... Então, começou meu calvário em busca de uma nova câmera. Como eu mal tinha dinheiro pra me manter (freelancer sofre) eu não podia pensar em comprar uma câmera nova naquele momento, então, eu ia emprestando câmeras de amigos pra fotografar o que pudesse, pois a crise de abstinência já era grande naquele momento e como dizem, "há males que vem para o bem"...

Com esse rodízio de câmeras que tive que ir fazendo (pois nem sempre o mesmo amigo estava disponível pra emprestar a câmera num momento de necessidade) eu fui obrigado a fotografar com diferentes câmeras, em diferentes situações... e isso acabou me dando um aprendizado grande em lidar com momentos e configurações que eu nem imaginava existirem em certas câmeras. No total, foram uns 10 modelos de câmeras diferentes que usei durante 6 meses (ai no caso, não só para shows).

Nos shows, eu tive oportunidade de fotografar tanto com outras "dslr" que eu só conhecia de ver em sites, como também experimentar o que dava pra fazer com câmeras "point and shoot" simples. Uma dessas situações, surgiu quando a Celina me convidou pra assitir um show da banda que ela era vocalista (banda delorean)... Como eu estava sem câmera, acabei "roubando" a câmera de uma amiga dela, no caso, uma
Fuji FinePix f40 e fazendo umas fotos do show.

Por ser uma câmera que tinha a possibilidade de controlar manualmente grande parte dos ajustes, eu resolvi arriscar, e acabei me surpreendendo com o resultado, e claro, fotografar num lugar com uma iluminação "decente" te da muito mais possibilidades de "brincar" na hora de fotografar (palavra de quem ta acostumado a fotografar lugares de show com apenas uma lâmpada incandescente iluminando o lugar todo, mas que da um efeito fod* também hahaha !!)

Depois desse show, vieram mais algumas oportunidades de fotografar, com diferentes câmeras, e mais uma que trouxe um resultado bem acima do que eu esperava, foi o pocket show acústico do Sabonetes na Fnac. Fotografei esse com uma
nikon d40, que já me dava muito mais opções que a pequenina fuji, sem contar que poderia usar ainda a minha querida lente da finada d70s, que já tava "calibrada" pra fotos de shows. Além da câmera diferente, eu tinha também um ambiente fora da minha "zona de conforto", pois não poderia estar me enfiando na frente da banda e tacando o flahs na cara dos músicos, então, mais aprendizado e respiração presa pra conseguir usar uma velocidade bem baixa sem tremer tanto a foto! Mesmo não precisando, nesse caso em especial, resolvi estourar o iso totalmente, afinal, o clima combinava com um bom e velho rolo de filme, mas como eu ainda não tenho minha câmera de filme (e muito menos dinheiro pra manter esse vício) eu tento simular o máximo possível os efeitos que eu poderia conseguir com o filme, mas isso é assunto pra outro post mais pra frente.


Falando em Sabonetes é legal abrir um parentesês aqui pra contar como começou a história toda de fotografar eles, afinal, estamos em "cenas" diferentes. Conhecia o Tuzzi, ha um bom tempo já, afinal ele tocava guitarra no Colligere e já conhecia minhas fotos dai. Um dia eles tiveram a idéia de gravar um vídeo pra divulgar os shows que fariam em são paulo, e então ele me chamou pra fazer o making off da idéia maluca. Como eu ainda estava sem câmera, tive que sair como louco atrás de uma, e por sorte, a Re (que vai aparecer aqui no post sobre tatuagens) não ia usar a câmera dela (uma Canon Rebel 350) e pode me emprestar, e ai o resultado foi melhor do que esperávamos (pois dai começaram a surgir as video-agendas deles, que você pode ver clicando aqui ) e as fotos do making of e das fotos que acabaram servindo de divulgação para os shows :

Continuando o martírio de não ter câmera própria pra fotografar os shows, a banda que eu toco baixo (façam suas piadas sobre isso agora!) fez uma pequena correria por são paulo, fazendo um show em ibiúna e outro em são paulo capital mesmo. Pra esse "rolê" (viagem, para os de fora do rolê) eu consegui uma câmera para testar, no caso, uma canon 10d, que infelizmente não servia pro uso futuro que eu ia dar pra ela, pois ela tinha um sistema de lentes diferente das canons atuais, o que me faria ter um gasto "duplo" em lentes. Mas mesmo assim, foi por causa dela que eu realmente resolvi ir da nikon para as canons (e lógico, por causa do preço também né). Apesar de ter rendido ótimas fotos, foi frustante perder algumas outras fotos por não estar acostumado com a distância focal da lente (era uma 28-55 se não me engano) o que dificultava muito, pois na digital, ela virava uma "42-82", devido ao sensor, e uma distância focal dessas, é praticamente impossível pros lugares onde costumamos tocar (e assistir os shows), sem contar a diferença entre a "apertada" do botão e o "click" realmente. não que fosse uma câmera ruim, apenas era uma câmera que não funcionava pro momento!


Depois desse show de são paulo, foram alguns meses sem fotografar denovo um show, normalmente por que eu não conseguia câmera (ou por que tinha que trabalhar no dia que rolava algum show) mas, surgiu uma oportunidade que não teria como não fotografar: "O segundo fim do Colligere e o show do Comeback Kid". Para esse show, eu consegui mais uma câmera diferente: uma Olympus500e. Ela é uma câmera meio antiga, que ainda usa um sensor 4:3, o que representava mais uma mudança pra quem já estava acostumado a fotografar com os sensores widescreen. Pode Parecer uma coisa boba e pequena, mas você acaba tendo que se acostumar com uma saída de foto diferente da que você esta acostumado, e ai tem que repensar tudo na hora da foto.


Para terminar essa segunda parte (ainda falta mais uma) acho que o que vale ressaltar, é que quando você está acostumado a fazer uma coisa, aquilo acaba saindo automaticamente... Levantar a câmera, mais ou menos na posição que você acha boa, esperar o momento certo, e saber exatamente o que você pode esperar do seu equipamento (perdi a conta de quantos pulos já perdi por esquecer do "delay" entre apertar o botão e a câmera disparar) é o mais importante na hora de fotografar um show de "hardcore" ou no caso, com muita movimentação.

Amanhã, a última parte sobre fotos de shows, enfim entrando na fase canon da vida e a volta a ter uma máquina própria (e toda o "incômodo" de ter que se adaptar a um novo sistema de fotografar, tanto por ser uma máquina nova, como também, por começar a fotografar com flash externo).

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